segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Atlético, Cruzeiro ou Grêmio na Série B em 2012?

A situação de 3 clubes considerados no grupo dos 12 maiores clubes do Brasil não é lá muito boa. Grêmio, Cruzeiro e Atlético hoje namoram a zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. Mais do que isso, o Atlético há muitas rodadas está na zona, ainda que tenha passado uma ou outra rodada fora da mesma. Por que isso acontece?

Não existe uma fórmula mágica, uma explicação perfeita e completa que caracterize e seja esclarecedora para o caso. Essas receitas batidas com chavões como “planejamento” não querem dizer nada. No Brasil, clubes sem o menor planejamento, contratando quem aparece (ou é recomendado por empresários com ligações suspeitas com diretores do clube), quem dá retorno de marketing ou investindo desesperadamente em algum jogador da base ou de um clube menor muitas vezes vão longe. Em outras, naufragam. Ter estrutura eventualmente faz diferença, mas não é nenhuma garantia. Os 3 clubes citados, por exemplo, tem bons trabalhos de base historicamente e não estão no final da fila quando se fala em estrutura (no caso dos mineiros, muito pelo contrário).

Então, se as explicações não são o foco deste texto, ainda que sejam tratados mais a frente, ao que ele se refere? Ao futebol destes clubes e o que esperar deles. Mais o primeiro que o segundo, já que a única função deste segundo é exercitar o achismo.

Bom. O que estes 3 clubes têm em comum no momento? Apresentam um futebol de dar calo nos olhos. Erros infantis de passes, de marcação, de finalização têm sido cenas freqüentes nos jogos dos clubes. Jogos horríveis! O que deu errado em 2011?

Basicamente os 3 perderam jogadores que fizeram determinados setores pararem de funcionar. O Atlético perdeu o Tardelli, o Grêmio perdeu o Jonas. Ambos ficaram sem suas referências no ataque. Mais que no ataque, no próprio time. O Cruzeiro aos poucos foi se desfazendo de peças importantes, como Henrique, sem qualquer preocupação séria de reposição. Deve-se lembrar que o ataque já era deficiente antes. Ao invés de se reforçar o setor, o clube celeste ousou desmontar o resto.

É possível reparar os erros? Agora, não. Uma jovem promessa da base pode resolver parte do problema. Jogadores vindos do DM podem arrumar a casa. O grupo pode se unir e conseguir fazer o mínimo pra salvar o clube de um vexame. Mas não dá pra dizer que qualquer um destes eventos seja uma solução. O que preocupa é que nenhuma das diretorias dá sinal de que o problema seja REALMENTE sério. Tratam do futebol ruim como se fosse momentâneo. Como se a qualquer momento os passes errados fossem desaparecer. Como se o preparo físico de alguns fosse melhorar. Como se os atacantes fossem disparar a fazer gols. Como exemplo deste “descaso”, o presidente do Cruzeiro – o Senador Zezé Perrella – neste domingo de clássico estadual entre América e Cruzeiro, ao invés de acompanhar o jogo, estava em um teatro!

Bom. Se não há solução clara e a situação não é das melhores, o que o torcedor poderia esperar? O que resta fazer? Um futebol ruim não é exclusividade dos 3. Secar os adversários, incluindo os outros 2 pertencentes a este texto, parece ser o mais fácil. Afinal, Avaí, América e Atlético Paranaense também estão péssimos. Ceará está em queda livre. O Bahia segue em sua inconstância. E mesmo Figueirense, Atlético Goianiense e, quem sabe, o Coritiba, podem ter uma breve queda de rendimento e ser o suficiente pra evitar o naufrágio.

Secadores em mãos, tabelas e calculadoras na mesa e muita torcida. Porque com esse futebolzinho que estão jogando os 3 gigantes, parece que vai faltar vaga para esta Série B 2012.

Castelo.

P.S.: Qualquer falta de coerência ou consistência no texto é facilmente explicável pela gripe que eu estou namorando nestes últimos dois dias. Obrigado.

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